Um novo estudo da Fiocruz mostra que a variante P1, originada em Manaus, em novembro de 2020, e que se alastrou pelo Brasil neste ano, atinge pessoas que já foram contaminadas pela Covid-19 e pode ser predominante caso haja uma terceira onda da doença. O estudo conclui que a cepa escapa dos anticorpos gerados pela infecção natural da Covid-19, entretanto, não consegue fugir das vacinas que estão sendo usadas no Brasil.

 

“Há combustível para o Brasil explodir numa terceira onda. Só teremos segurança quando 75% da população tiverem recebido duas doses de vacina. Quem já teve Covid pode ter de novo, se não for vacinado. Essas variantes, que surgem e se espalham, podem escapar da imunidade natural”, alerta o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz de Pernambuco, Roberto Lins.

 

O pesquisador também alerta para os processos de mutação que essa variante ainda pode sofrer, tornando-a mais resistente. De acordo com Lins, os anticorpos gerados na primeira onda da pandemia não neutralizam algumas das novas variantes. O estudo foi foi feito através de uma plataforma desenvolvida pelos pesquisadores, que permite analisar as interações de anticorpos com as variantes, logo que elas são identificadas. Os primeiros resultados foram descritos na revista científica Chemical Communications.

 

*com informações A Tribuna

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