O dólar fechou em baixa de 1,07% na terça-feira (22), aos R$ 5,05, o menor patamar em quase oito meses. Somente em fevereiro, a moeda norte-americana registra uma queda de 4,78% frente ao real. No acumulado de 2022, a desvalorização é de expressivos 9,39%.

O euro também está em trajetória de queda, com uma desvalorização de 3,99% em fevereiro e 9,30% no acumulado de 2022.

Alta de juros e bolsa descontada atraem investidores estrangeiros para o País. Valorização das commodities também contribui para apreciação do real.

Dennis Esteves, especialista em Renda Variável da Blue3, explica que o fluxo recorde de capital estrangeiro no Brasil é um dos principais fatores para essa queda das moedas fortes. Atraídos por juros elevados e por uma bolsa bastante descontada em relação à média histórica, os investidores estrangeiros deixaram cerca de R$ 55,8 bilhões na B3 somente nesses primeiros dois meses do ano.

Vale lembrar que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 10,75% ao ano e deve chegar aos 12% até dezembro. Essa taxa serve de parâmetro para a renda fixa, isto é, quanto maior a Selic, maior a rentabilidade dos títulos públicos (que são livres de risco).