Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, em dezembro no ano passado, quando o mundo iniciava a vacinação contra covid-19, o Instituto Butantan já tinha 5,5 milhões de doses Coronovac produzidas e 4 milhões em processamento. Ambos os lotes não tinham contrato com o Ministério da Saúde.

 

Segundo o diretor, não fossem os “percalços” que o Instituto teve que enfrentar no período, “tanto do ponto de vista do contrato, quanto do ponto de vista também regulatório”, o Brasil poderia ter começado a imunização contra covid-19 ainda no ano passado. A primeira oferta de vacinas ao Ministério da Saúde, disse Covas, foi feita em julho de 2020. Nesse momento, foram ofertadas 60 milhões de doses que poderiam ser entregues ainda no último trimestre de 2020.

 

O diretor do Butantan afirmou que enquanto a maioria dos países já tinha feito a regulamentação para o uso emergencial das vacinas contra covid ,em meados do ano passado, a regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) saiu apenas em dezembro de 2020.

 

De acordo com Covas, não fossem esses “atrasos”, o Brasil poderia ter sido o primeiro País do mundo a começar a vacinação contra covid-19. Para Covas, o cenário não se concretizou por uma falta de “agilidade maior de todos esses autores.

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