A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira o pedido para incluir crianças de 5 a 11 anos da bula da vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer. O resultado da análise sai em até 30 dias.
Segundo o pedido, a dosagem será reduzida, já que estudos mostram que a faixa etária precisa de dose menor que a administrada em jovens a partir de 12 anos. A Pfizer propôs fabricar frascos de cores diferentes para especificar o que será destinado a cada público.
“A análise técnica feita pela Anvisa será feita de forma rigorosa e com toda a cautela necessária para a inclusão deste público específico”, diz a nota da Anvisa.
— Precisamos vacinas as nossas crianças porque elas são uma fonte importante de transmissão. Nós temos também a flexibilização que vem se acelerando muito no país apesar das nossas coberturas vacinais não autorizarem (essa medida), do ponto de vista sanitário — pondera a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi.
A farmacêutica anunciou em 27 de outubro que entraria com a solicitação neste mês, mas não definiu data. No dia seguinte, os cinco diretores da Anvisa receberam uma ameaça de morte, por e-mail, diante da possibilidade de analisar imunizantes para crianças. Outros dois ataques virtuais se repetiram na semana seguinte, mas, dessa vez, se estenderam a funcionários e terceirizados da agência e seus familiares. As mensagem foram obtidas pela reportagem.