A manifestação pacífica de pastores e fiéis realizada na manhã desta segunda-feira (22), em Petrolina (PE), não deve ser a primeira e nem a última. O protesto reuniu membros de mais de 20 denominações distintas para um clamor em prol dos doentes acometidos pela covid-19 e em apoio aos comerciantes que estão com as portas fechadas desde o último dia 18.
O pastor da Igreja Verbo da Vida, Edilson Lira, disse que os organizadores do protesto não descartam nenhuma ação posterior, e explicou a arbitrariedade do decreto estadual do Governo de Pernambuco em fechar serviços “não essenciais”, entre eles, a igrejas. O líder religioso, respaldado pela lei, assegura que a decisão do Governo é inconstitucional e arbitrária.
“Decreto injusto, arbitrário, inconstitucional que mantém motéis abertos e fecha igrejas. Decreto que escolhe que loja de veículos é essencial, e loja de roupas não é. Por motivos aparentemente escusos, arbitrários continua em vigor (…) A igreja, igualmente, entende como essencial, o artigo 5º da Constituição que diz que o local de culto é sagrado. Neste momento, desde o dia 18 em Pernambuco, nós estamos debaixo de um decreto inconstitucional que desrespeita a declaração Universal dos Direitos Humanos, a Constituição de 88, nossa Carta Magna, que desrespeita o entendimento do judiciário”, desabafou durante entrevista ao Programa Edenevaldo Alves na Petrolina FM.
O pastor reforça que a igreja não tem fechado os olhos para a pandemia do coronavírus, inclusive os manifestantes foram orientados durante a ação a seguir todos os protocolos de distanciamento e uso de máscaras. Ele aproveita para sinalizar sobre o papel da igreja em tempos de crise. “É indignante nós vivermos num momento em que nós precisamos provocar a justiça para exercermos aquilo que deveria ser óbvio. Não estamos negando a pandemia, nós estamos promovendo vidas. Nós entendemos que igreja é saúde e o comércio é vida”, finalizou.
(Colaboração – Ivo da Hora)
Fonte: Blog Edenevaldo Alves
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