“Em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento. A equipe profissional que participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao sofrimento de todos”, diz o comunicado.

Durante a longa internação do ator, diversos artistas manifestaram solidariedade, pedindo orações pela recuperação do colega – Tatá Werneck chegou a convocar uma oração coletiva pela saúde de Gustavo e de outras vítimas da Covid-19. “Paulo é assim. Generosidade pura. Engraçado 24 horas. Rezemos hoje por ele e por todos os que estão precisando de saúde”, pediu a apresentadora.

Carreira e ascensão no cinema

Paulo Gustavo promove o filme 'Minha Mãe é uma Peça', em São Paulo

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros, que adotou apenas Paulo Gustavo para a carreira artística, nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1978. Em 2004, aos 26 anos, começou a ganhar visibilidade ao participar do elenco da peça “Surto”, onde interpretou pela primeira vez a personagem Dona Hermínia — que se tornaria um marco na carreira.

Dois anos depois, veio a estreia nos palcos de “Minha Mãe É Uma Peça”, sucesso estrondoso no teatro que ganhou uma adaptação cinematográfica em 2013. A trama protagonizada por Dona Hermínia, mãe exagerada de dois filhos, é uma criação de Gustavo inspirada em sua própria mãe, Déa Lúcia.

A obra autoral, a primeira de uma série de parcerias do ator com a diretora Susana Garcia, foi o filme brasileiro mais assistido nos cinemas do Brasil em seu ano de lançamento e tornou Paulo Gustavo um dos rostos mais conhecidos do humor e um dos nomes mais rentáveis do cinema brasileiro.

O filme ganhou duas sequências, “Minha Mãe É Uma Peça 2”, o terceiro mais assistido nos cinemas em 2016 no Brasil, e “Minha Mãe É Uma Peça 3”, lançado em 2019. O terceiro filme da série levou mais de 11 milhões de pessoas ao cinema e arrecadou mais de R$ 180 milhões.

No último longa, Paulo Gustavo fez o seu filme mais autobiográfico, levando o personagem Juliano (Rodrigo Pandolfo) ao altar com o namorado. Os três filmes combinaram histórias com forte apego às narrativas e aos dilemas das famílias com o humor, alternando momentos de piadas e de apelos emocionais.

Paulo Gustavo
Foto: Reprodução/Facebook/Paulo Gustavo

Na televisão, o ator e diretor criou e fez parte do elenco do programa “Vai Que Cola”, comédia de auditório exibida pelo canal Multishow a partir de 2014. O programa ganhou uma adaptação para o cinema em 2015, chamada de “Vai Que Cola – O Filme”. Ele também comandou a atração “220 Volts”, outra adaptação de uma de suas criações para os palcos, um monólogo onde interpreta diversos personagens.

O programa gravado até 2016, também exibido pelo Multishow, foi adaptado em um filme que estrearia em 2020, mas teve o lançamento adiado por conta da pandemia da Covid-19.

Outra iniciativa no cinema foi a sequência “Os Homens são de Marte… e é para lá que eu vou” e “Minha vida em Marte”, parcerias com a atriz Mônica Martelli que também foram sucessos de bilheteria. A sequência levou mais de 5 milhões de espectadores ao cinema.

Apesar de ser um sucesso absoluto na televisão e no cinema, Paulo Gustavo nunca abandonou o teatro. Sua peça em formato de comédia stand-up, “Hiperativo”, ficou em cartaz por dois anos, entre 2014 e 2016. Desde 2017 o comediante se apresentava na peça “Online”, que teve as sessões interrompidas com o início da pandemia.

Durante a pandemia, forçado a se distanciar dos palcos e das telas, Paulo Gustavo mantinha-se ativo nas redes sociais, onde o público fiel interagia constantemente com o ator e diretor. O último post do ator no Instagram foi uma homenagem ao aniversário do marido, Thales Bretas, em 13 de março.

 

Fonte: Cnn Brasil

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